Cancro da mama
O cancro da mama é das neoplasias malignas mais frequentes atualmente (Costa, 2004 citado por Melo, Leal, & Maroco, 2006). Ainda assim, a maioria das pessoas com cancros detetados numa fase inicial do seu desenvolvimento sobrevive pelo menos cinco anos (American Câncer Society, 2001 citado por Tonich, & Helgeson, 2004), ou seja, apenas um terço das mulheres diagnosticadas com cancro da mama morrem da doença (American Câncer Society, 2010 citado por Oktay, Bellin, Scarvalone, Appling, & Helzlsouer, 2011). No entanto, o cancro da mama continua a ser “de longe a forma de cancro e a causa de morte mais comum nas mulheres” (Ogden, 2004, p. 23). A idade é o maior fator de risco, sendo que a probabilidade de desenvolver cancro da mama aumenta à medida que as mulheres envelhecem. A exposição prolongada ao estrogénio, como o início precoce da menstruação (antes dos 12 anos), o início tardio da menopausa (depois dos 55 anos), a idade tardia do primeiro parto (30 anos ou mais), nunca ter tido filhos, ou o excesso de peso depois da menopausa, são outros fatores de risco (Ogden, 2004). Contudo, apesar de a investigação ter identificado estes fatores de risco, as equipas médicas especializadas (até ao momento) ainda não são conseguem detetar se uma mulher desenvolverá cancro da mama.
O cancro da mama é das neoplasias malignas mais frequentes atualmente (Costa, 2004 citado por Melo, Leal, & Maroco, 2006). Ainda assim, a maioria das pessoas com cancros detetados numa fase inicial do seu desenvolvimento sobrevive pelo menos cinco anos (American Câncer Society, 2001 citado por Tonich, & Helgeson, 2004), ou seja, apenas um terço das mulheres diagnosticadas com cancro da mama morrem da doença (American Câncer Society, 2010 citado por Oktay, Bellin, Scarvalone, Appling, & Helzlsouer, 2011). No entanto, o cancro da mama continua a ser “de longe a forma de cancro e a causa de morte mais comum nas mulheres” (Ogden, 2004, p. 23). A idade é o maior fator de risco, sendo que a probabilidade de desenvolver cancro da mama aumenta à medida que as mulheres envelhecem. A exposição prolongada ao estrogénio, como o início precoce da menstruação (antes dos 12 anos), o início tardio da menopausa (depois dos 55 anos), a idade tardia do primeiro parto (30 anos ou mais), nunca ter tido filhos, ou o excesso de peso depois da menopausa, são outros fatores de risco (Ogden, 2004). Contudo, apesar de a investigação ter identificado estes fatores de risco, as equipas médicas especializadas (até ao momento) ainda não são conseguem detetar se uma mulher desenvolverá cancro da mama.
É importante referir que apesar de ser mais
frequente este cancro surgir nas mulheres, não se pode ignorar a evidência de
que também ocorre nos homens, ainda que com uma menor incidência.
Existem dois tipos principais de cancro da mama:
os não invasivos (cancros restringidos aos ductos ou lóbulos (constituintes da
mama), que não se espalharam para além da camada de tecido onde se
desenvolveram) e os invasivos (cancros que começaram a espalhar-se para o
tecido circundante) – Ogden, 2004.
Em termos de diagnóstico considera-se que existem
quatros estádios de diagnóstico (Holland, 1998b; Passos Coelho, 2006; Wittekind
et al., 2005 citado por Patrão, 2007). No primeiro estádio, ainda não há
extensão da doença além da mama e o tumor não tem mais de 2 centímetros de
tamanho. O segundo carateriza-se pela existência de metástases nos gânglios
linfáticos móveis e o tamanho do tumor situa-se entre os 2 e os 5 centímetros.
Já no terceiro estádio, o tumor tem mais do que 5 centímetros e verificam-se
metástases nos gânglios linfáticos. Por fim, o quarto estádio caracteriza-se
pela existência de um tumor com qualquer tamanho e com extensão direta à parede
torácica ou à pele, havendo metástases noutros órgãos. À medida que os estádios
progridem, o prognóstico piora (Patrão, 2007).
As opções de tratamento passam pela cirurgia,
radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e imunoterapia, podendo os
tratamentos serem locais ou sistémicos. A cirurgia e a radioterapia são
tratamentos locais, usados para remover, destruir ou controlar as células
cancerosas de uma área específica; a quimioterapia e as terapias hormonais e
biológicas são tratamentos sistémicos usados para destruir ou controlar as
células cancerosas em todo o corpo (Bower, & Waxman, 2006; Ogden, 2004). No
caso da cirurgia, pode optar-se pela nodulectomia (é removido apenas o nódulo
canceroso), pela quadrantectomia (é removido um quarto de mama), ou pela
mastectomia (toda a mama é removida). Quanto à reconstrução da mama, algumas
mulheres querem a reconstrução imediata da mesma (através da inserção de
implantes), enquanto que outras querem evitar mais uma operação e satisfazem-se
com o uso de próteses no lado vazio do sutiã (Ogden, 2004).
Referências
Bibliográficas:
Bower, M., & Waxman, J. (2006) Compêndio de oncologia. Lisboa:
Instituto Piaget.
Melo, V., Leal, I.,
& Maroco, J. (2006). Estudo preliminar de um questionário de PTSD em
mulheres sobreviventes de cancro da mama. In I. Leal, J. P. Ribeiro, & S.
N. Jesus (Eds.), Saúde, bem-estar e qualidade de vida: actas do 6º congresso
nacional de psicologia da saúde (pp. 407 – 413). Faro: Instituto Superior de
Psicologia Aplicada.
Ogden, J. (2004). Compreender o cancro da mama. Lisboa: Climepsi
Editores.
Oktay, J. S., Bellin, M. H., Scarvalone, S.,
Appling, S., & Helzlsouer, H. J. (2011). Managing the impact of
posttreatment fatigue on the family: breast cancer survivors share their
experiences. Families, Systems, &
Health, 29, 2, 127–137. DOI: 10.1037/a0023947
Patrão, I. (2007). O ciclo psico-oncológico no
cancro da mama: estudo do impacto psicossocial do diagnóstico e dos tratamentos
[versão online]. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa Instituto Superior
Psicologia Aplicada. Tese de doutoramento.
Tomich, P. L., & Helgeson, V. S. (2004). Is
finding something good in the bad always good? benefit finding among women with
breast cancer. Health Psychology, 23, 1, 16-23. DOI:
10.1037/0278-6133.23.1.16
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