4 de fevereiro de 2014

Dia Mundial Contra o Cancro                             
Como se tem vindo a constatar ao longo dos anos, nos países industrializados o cancro é uma das principais causas de morte, tornando-se assim um foco de grande atenção e cuidado (Pinheiro, Tyczynsky, Bray, Amado, Matos, & Parkin, 2003; Pimentel, 2006; Ribeiro, 2005). Inclusive tem-se verificado um progressivo aumento da incidência e mortalidade devido ao cancro (Davide, 2009; Pimentel, 2006). Portugal faz parte do grupo de países que nos últimos anos sofreu grandes alterações ao nível do estilo de vida, o que acabou por fazer emergir a adoção de alguns hábitos mais favoráveis ao desenvolvimento de cancro (Pinheiro, Tyczynsky, Bray, Amado, Matos, & Parkin, 2003; Pimentel, 2006). Segundo Pimentel (2006), em 25 estados membros da União Europeia, no ano 2000 foram confirmados 1.122.000 mortos por cancro, sendo esperado para 2015 um aumento de 283 mil novos diagnósticos e em 2020 aproximadamente 20 milhões de novos casos diagnosticados. De modo bastante semelhante, em Portugal o cancro também tem registado anualmente entre 40 a 45 mil novos diagnósticos, com uma pequena prevalência no sexo masculino (Davide, 2009; Pimentel, 2006). Em termos dos tipos de cancro mais comuns, o cancro coloretal surge como o principal, seguindo-se o cancro da próstata, da mama, do pulmão e do estômago (Borja-Santos & Piteira, 2014; Ribeiro, & Ramos, 2002 citado por Pimentel, 2006 - cf. Figura 1).
Considerando a probabilidade de um indivíduo desenvolver algum cancro ao longo da sua vida estima-se para Portugal, à semelhança da União Europeia, um risco de 50% sendo que a possibilidade de ser esta a causa de morte de 25% (Pimentel, 2006). Apesar de se ter confirmado um ligeiro decréscimo em alguns tumores (cancro do estômago, mieloma múltiplo, cancro da próstata, do pulmão e do cólon e recto), em Portugal, as taxas de mortalidade ainda permanecem elevadas e com tendência para aumentar, o que é preocupante (Davide, 2009). Em 2005, registaram-se 107.839 mortes na população portuguesa, sendo que 21,5% foram causadas por cancro, apenas as doenças cardiovasculares com 34% de incidência superaram a doença oncológica (Davide, 2009). Relativamente aos distritos onde se constata uma maior taxa de mortalidade por cancro são Beja, Setúbal, Lisboa, Porto e Viana do Castelo. Estima-se também que até 2020, a incidência de cancro possa aumentar cerca de 20% (Davide, 2009).
Figura 1 -  Incidência e mortalidade por cancro em Portugal (Borja-Santos & Piteira, 2014)

Referências Bibliográficas:
Borja-Santos, R., & Piteira, S. (2014). Cancro em Portugal. Consultado em Fevereiro 4, 2014 do sítio da Web: http://www.publico.pt/multimedia/infografia/cancro-em-portugal-114
Davide, J. (2009). Estatísticas do cancro. Consultado em Outubro 10, 2012 do sítio da Web: http://www.alert.pt/pt/medical-guide/estatisticas-do-cancro
Pinheiro, P. S., Tycynski, J. E., Bray, F., Amado, J. Matos, E., & Parkin, D. M. (2003). Cancer incidence and mortality in Portugal. European Journal of Cancer, 39, 2507–2520. DOI: 10.1016/S0959-8049(03)00570-7
Pimentel, F. L. (2006). Qualidade de vida e oncologia. Coimbra: Almedina.

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