Os ovários
são glândulas reprodutivas do sexo feminino que produzem os óvulos (gâmeta
feminino) e sendo também responsáveis pela produção de estrogénio e
progesterona. Cada mulher tem dois ovários, um em cada lado do útero. Deste
modo, o cancro do ovário pode ser uni ou bilateral, sendo este maioritariamente
de origem epitelial, isto é, localizado na superfície ovariana (American Cancer
Society, 2011; Mantese, 2008). Esta patologia é responsável por 4% dos cancros
que ocorrem na mulher, sendo a neoplasia dos tumores ginecológicos que com mais
frequência conduz à morte na mulher. Este aspeto deve-se essencialmente à
deteção tardia deste tumor (American Cancer Society, 2011; Bower, &
Waxman, 2006; Mantese, 2008).
Em termos
dos principais fatores de risco surgem os aspetos genéticos como bastante
relevantes, o facto de não ter tido filhos, a idade (mais frequente em idades
mais avançadas), obesidade, entre outros (American Cancer Society, 2011; Bower,
& Waxman, 2006; Mantese, 2008). A sintomatologia comummente relaciona-se
com sensação de peso no baixo-ventre, distensão e dor abdominal, problemas
gastrointestinais, aumento da frequência urinária, sangramento pós-menopáusico
e perda de peso num pequeno espaço de tempo (Bower, & Waxman, 2006;
Mantese, 2008).
A cirurgia,
a quimioterapia adjuvante e a terapia hormonal são os tratamentos mais
frequentemente utilizados para o tratamento do cancro do ovário (American
Cancer Society, 2011; Bower, & Waxman, 2006; Mantese, 2008). Quanto ao
prognóstico, pacientes com cancro do ovário em estádios menores (IA, IB) apresentam
95% de sobrevivência, já em estádios intermediários (IC) é um pouco mais
variável indicando a probabilidade de 63% de sobrevivência até cinco anos. Já
as pacientes que evidenciam um desenvolvimento tumoral mais avançado têm
menores taxas de sobrevivência sendo de 30% para cinco anos. Percebe-se também
que quanto mais cedo for efetuado o diagnóstico, mais elevadas são as taxas de
sobrevivência (Bower, & Waxman,2006).
Referências
bibliográficas:
American
Cancer Society (2011). Learn about cancer. Consultado em
Outubro 8, 2012 do sítio da Web: http://www.cancer.org/cancer/index
Bower, M.,
& Waxman, J. (2006). Compêndio de oncologia. Lisboa: Instituto
Piaget.
Mantese, J.
C. (2008). Câncer ginecológico: ovário, útero e vagina. In V.
A. Carvalho, et. al. (Eds.), Temas em Psico-Oncologia
(pp. 59-66). São Paulo: Summus.
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